Por Alexandre Ravagnani
Sabe aquela sensação de estar num sonho? Daqueles que não acabam, e que você acorda e depois dorme de novo e continua sonhando? Parece que estamos em um desses, daqueles que queremos que acabe logo. Só que no sonho quando o despertador toca só damos aquele suspiro e realizamos que era mesmo um sonho.
Na nossa realidade atual não temos essa opção. Até mesmo parece sonho, mas estamos bem acordados e conscientes do que possa estar por vir. O que nos traz para a vida e para o otimismo é que graças a tecnologia estamos trabalhando e criando de casa. Estamos todos conectados, conversamos via vídeo, áudio ou o que for e assim continuamos conectados e unidos, mesmo que à distância. Sem o estágio atual que temos de conectividade, simplesmente tudo, tudo mesmo, teria parado.
Me conforta demais pensar nas marcas que atendemos e em como elas poderiam ajudar a comunidade, os mais necessitados e todos que estão em casa esperando pelo pior passar.
Acredito que nada é por acaso. Estar mergulhado nesta situação são mentes e mais mentes trabalhando para alguma solução que possa amenizar as coisas. Famílias de uma hora para outra começam a viver em família. Passam a fazer suas refeições juntas, procurar o que fazer, juntas. Conversam mais, riem mais e estão mais fortes juntas. E não param de surgir iniciativas mundo afora para o conforto de todos. De um mundo que cada um está pensando em si, de repente passam a pensar mais no coletivo e pensar no todo. Nada é por acaso.
Imagine quando aconteceram lá no passado as maiores pestes no mundo, onde não havia informação, meios de comunicação, saúde estruturada e tecnologia. Era somente o boca a boca levando e trazendo informação sobre a situação e não havia muito o que fazer a não ser esperar.
Esperar também é o que estamos fazendo. Mas estamos mais do que tudo pensando em como fazer para ajudar e mudar. As marcas estão prontas para colocarem seus planos em ação e sem serem oportunistas. Este legado deveria fazer parte das marcas e dos produtos sempre e não só neste momento tão crítico, mas acredito que este é o momento de virada e de um novo pensamento coletivo. O pensar coletivo, ser menos egoísta e olhar para o lado com mais piedade.
Hoje de manhã me deparei com um site chamado Razões para Acreditar e que me motivou a escrever. Adorei a iniciativa, mas só isso não basta. Nós publicitários temos um poder maior em nossas mãos. O poder de convencer e o do fazer. Aquele trabalho que sempre sonhamos que caia em nossas mãos, agora está em nossas mãos. O briefing nós já temos. A arte, é inspirada na vida. Agora é mãos à obra e pensar em como fazer as marcas trabalharem a favor da população. A amenizar esse momento e entregar algo que tenha relevância.
Hoje mesmo, já levamos projetos a dois clientes da nossa agência. Projetos que foram contados de boca mesmo e que foram repassados até chegar às presidências, de boca também. O mais bacana é que todos querem o mesmo porque desta vez, todos estão passando pelas mesmas privações e angústias. Aqui definitivamente a diferença social faz menos diferença, e de repente temos um país mais unido e desejando que coisas boas aconteçam.
Depois, daqui um tempo, quando olharmos pra trás, vamos perceber que fizemos nossa parte e que isso nos preparou um pouco melhor para a vida. Escolhi ser publicitário porque sei o poder da comunicação e de que é minha ferramenta para deixar alguma contribuição na sociedade. E que isso seja colocado em prática por todos que puderem colaborar. E não estamos em busca de nenhum prêmio não, a não ser o presente de ajudar que esse momento seja superado por mais e mais pessoas.
Alexandre Ravagnani, diretor executivo de criação da Repense
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